Na ponta do lápis

 

Segundo dados do Dieese: Salário mínimo, de acordo com o preceito constitucional, é aquele "fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim". A família considerada é de dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto. Ponderando-se o gasto familiar, chega-se ao salário mínimo necessário. Pois bem, depois desta importante definição poderíamos analisar que este novo reajuste significa um aumento de 9,21%. Para o Dieese a política de valorização do salário mínimo, com a regra INPC + variação do PIB de dois anos anteriores, segue até 2011, quando está prevista a revisão do acordo através de novo processo de negociação. A cada ano, o reajuste será antecipado em um mês, chegando a janeiro, em 2010.  Com o novo mínimo, o reajuste real (acima da inflação) acumulado desde 2004 chega a 37%. O mais recente reajuste corresponde ao INPC dos 11 meses transcorridos entre abril de 2007 e fevereiro de 2008, somado à variação do PIB em 2006.

Mas agora vamos analisar a nossa realidade, caros colegas Saneparianos:

Quanto avançamos em nossas reivindicações? Devemos parar para pensar e comparar o que conquistamos e o que estamos buscando.

Pois bem caros saneparianos, no ano passado quando realizamos a paralisação para a reposição salarial, nossa inclinação era de que fossemos contemplados com reajustes referentes às perdas que eram de 19,27% e ou R$ 223,00 para recompor o piso mínimo de 2.5 SM. E a empresa ofereceu 3,12% mais R$ 55,00 que representa 4,64%, sobre a média salarial operacional, ou seja, no total conquistamos na reposição 7,76%. Nós obtivemos estes reajustes referentes as perdas salariais. Se a prática da correção do salário mínimo fosse aplicada no nosso salário, o piso seria então de R$ 1.039,43 e não os R$ 727,02 praticados hoje, uma diferença de R$ 312.41, valor este que teria que ser corrigido pela empresa para recompor o piso mínimo praticado pela empresa num passado muito recente. O que representa uma defasagem de 43%, este seria o percentual necessário para atingirmos o piso de 2.5 salários mínimos.  Se colocarmos na ponta do lápis a diferença real de índices do salário mínimo nacional e do salário praticado pela nossa empresa é de 35.80%.

Conforme tabela abaixo mostraremos que o nosso salário não está sendo reajustado conforme os mesmos índices do salário mínimo nacional. Enquanto o correto seria termos a reposição do mesmo percentual de correção do salário mínimo para que conseguíssemos manter o piso inicial. Por isso defendemos que seja reposto a diferença em valores linear para todos os salários em todos os níveis do quadro funcional. Diante destes percentuais precisamos pensar muito bem.

Aliás, estamos prestes a assinar o ACT 2008/2009 e diante deste passo importante precisamos estar ciente das perdas e das propostas que nos são apresentados durante as negociações.

O que queremos com isto? É apenas mostrar que precisamos chamar a atenção para que o índice salarial seja avaliado com mais clareza e que a diretoria da SANEPAR apresente uma proposta essencial e digna para os trabalhadores da empresa.

A seguir apresentamos uma tabela para que possam ser visualizadas as diferenças salariais. Se persistir estes modelos de negociações até 2011 estaremos com piso inicial o equivalente ao salário mínimo.

 

 

 

Concluindo conforme estudos do Dieese o salário para uma família composta por quatro pessoas teria que receber o valor equivalente a R$ 1.924,59. E então companheiros, reflitam muito bem e vejam que sabemos dizer SIM, mas também podemos dizer NÃO. Tudo isso depende da proposta do patrão.

COMPANHEIROS, JUNTOS MOBILIZADOS ATINGIREMOS UM BOM RESULTADO.