Manter
pedido de aposentadoria em andamento evita prejuízo, diz ministro
O ministro da Previdência Social, José Pimentel,
recomendou que os trabalhadores que já iniciaram o processo
de aposentadoria no sistema antigo, ou seja, em que o trabalhador
precisava comprovar os dados previdenciários, que aguardem
o desfecho do processo.
Isso porque, segundo Pimentel, a Previdência
tem como referência para o pagamento da aposentadoria o dia
do pedido do benefício. Isso que dizer que o trabalhador receberá
a aposentadoria com juros e correção monetária referentes
ao dia em que iniciou o processo, independentemente do tempo
que levou o trâmite.
Desde o último dia 5, a Previdência passou
a utilizar o sistema informatizado que permite ao trabalhador
conseguir o benefício da aposentadoria em 30 minutos. O novo
sistema ainda inverteu o ônus da prova, ou seja, agora a própria
Previdência é que apresenta os dados previdenciários do trabalhador.
Pimentel explicou que se o trabalhador decidir
começar outro processo agora, por causa do novo sistema, irá
perder dinheiro.
"É natural que, no primeiro momento,
os trabalhadores que tinham pedido a aposentadoria, e a sistemática
era da comprovação por parte do trabalhador, que eles desistissem
do processo e começassem um novo. Mostramos a ele que isso
é prejudicial, porque tendo feito seu pedido anteriormente,
no dia em que formos pagar o benefício, ele será retroativo
à data em que fez o pedido", argumentou.
"Se começar agora um novo processo,
o pagamento será referente ao novo pedido e ele terá um prejuízo.
A nossa orientação é no sentido de que cada trabalhador mantenha
o pedido anterior. Estamos montando todo o processo para agilizar
esses julgamentos e a concessão ser antecipada", completou
Pimentel.
Para agilizar o trâmite dos processos abertos antes do novo
sistema de aposentadoria, o ministro afirmou que o Ministério
da Previdência está remanejando trabalhadores das agências
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que antes trabalhavam
em outras áreas, como na fiscalização dos postos, para atuar
nos processos antigos, iniciados antes da informatização do
sistema.
De acordo com Pimentel, existem hoje mais
de 6,5 milhões de processos previdenciários na Justiça. "Estamos
fazendo um conjunto de reuniões com o Supremo Tribunal Federal,
com o Conselho Nacional de Justiça, com os juízes federais
para que possamos montar uma grande estrutura, envolvendo
juízes específicos, para agilizar os processos da Previdência
Social", disse o ministro, acrescentando que ainda nesta
semana se encontrará com o presidente do STF, Gilmar Mendes,
para tratar do assunto.
fonte: Agência Brasil
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