Assédio
Moral na relação trabalhista: o que é, como se faz no dia a dia O assédio moral é a exposição dos trabalhadores
e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas
e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de
suas funções.
A forma mais comum apresenta-se nas relações
entre chefes e subordinados em que predominam condutas desumanas
sem nenhuma ética.
A humilhação repetitiva e de longa duração
interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo
sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando
graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para
a incapacidade para o trabalho, desemprego ou mesmo a morte.
Essa humilhação corresponde ao sentimento
de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a,
submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a.
É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a,
perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a
e com raiva.
A violência moral no trabalho é identificada
por atitudes como, por exemplo, começar sempre a reunião amedrontando
quanto ao desemprego ou ameaçar constantemente com a demissão,
subir na mesa e chamar a todos de incompetentes, sobrecarregar
de trabalho ou impedir a continuidade do trabalho negando informações,
desmoralizar publicamente afirmando que tudo está errado, afirmar
que seu trabalho é desnecessário à empresa, rir à distância e
em pequeno grupo, conversar baixinho, suspirar e executar gestos
direcionado-os ao trabalhador, não cumprimentar e impedir os
colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima,
mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa, desviar da
função sem justificativa, exigir que faça horários fora da jornada,
mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador,
hostilizar, sugerir que peça demissão por sua saúde, divulgar
boatos sobre sua moral.
Ainda há a discriminação por sexo: promover
apenas os homens, diferenciar o salário entre homens e mulheres
que desempenham a mesma função, fazer reunião com todas as mulheres
e exigir que não engravidem para evitar prejuízos na produção,
mandar limpar banheiro, fazer cafezinho, limpar o local de trabalho
(sendo que foram contratadas para o desempenho de outra função).
Há também o caso de ter que ir pintar a casa
do chefe nos finais de semana, ou receber advertência em conseqüência
de atestado médico ou ainda porque reclamou direitos.
Fonte: Diap
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