Câmara aprova reajuste de 7,7% para aposentados
Índice é maior do que desejava o governo, que admitia até 7%.
Proposta inicial enviada ao Congresso era de 6,14% para
quem ganha mais do que um salário mínimo
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) um reajuste de 7,7% para
os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O percentual
é superior ao negociado pelo governo. Resta ainda a votação
de outro destaque, que não trata de percentual de reajustes,
mas do fim do fator previdenciário para o cálculo de novas
aposentadorias. Depois da votação do destaque, a matéria
segue para o Senado.
A proposta inicial do governo, enviada
por meio de medida provisória ao Congresso, era de um reajuste
de 6,14% aos benefícios, retoativos a janeiro deste ano.
O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), colocou em
seu relatório um percentual de 7% de reajuste, que ele garantia
já estar acertado com o Executivo.
Partidos da base aliada, no entanto,
desejavam elevar o reajuste para 7,7% e contaram com o apoio
da oposição, que tentou até aprovar um aumento maior, de
8,7%.
O presidente da Força Sindical, deputado
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), foi o autor da emenda que
ampliou o reajuste. Ele chegou a participar de uma negociação
com o Senado para se tentar um acordo no percentual de 7,7%,
mas o Executivo não concordou com a proposta.
O ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo, afirmou nesta tarde no Congresso que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva vetará o reajuste se o percentual
for “exorbitante”. Vaccarezza já afirmou que Lula vetará
o índice de 7,7% porque a Previdência não teria condições
de bancar este reajuste.
No Senado, a tendência é que o percentual
aprovado na Câmara seja mantido. O líder do PMDB, Renan Calheiros
(AL), maior bancada da Casa, já declarou que é “irrelevante”
a diferença de R$ 600 milhões que o reajuste de 7,7% trará
em relação ao percentual de 7% para os cofres públicos.
fonte: Gazeta do Povo
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