CCJ
do Senado aprova fim de cela especial para quem tem curso
superior
Além dos bacharéis, os padres, pastores, bispos evangélicos
e pais de santo também perdem o privilégio; mas políticos
e autoridades continuam com o benefício.
Privilégio dos bacharéis e religiosos, a
cela especial caminha para a extinção, mas permanece o privilégio
para políticos e autoridades. na quarta-feira (11), a Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a redução
da lista de pessoas que têm direito à prisão especial. O texto
do projeto de lei aprovado exclui do benefício as pessoas
com curso superior, padres, pastores, bispos evangélicos e
pais de santo, além de cidadãos com títulos recebidos pela
prestação de relevantes serviços. A proposta foi votada em
regime de urgência, na forma de substitutivo do senador Demóstenes
Torres (DEM-GO).
O texto modifica e atualiza o Código de Processo
Penal no que se refere à prisão, às medidas cautelares e à
liberdade provisória. De acordo com o texto aprovado, o rol
de pessoas que passam a ter direito à prisão especial, bem
mais restrito, será integrado por ministros de Estado, governadores,
prefeitos, parlamentares, magistrados, delegados, procuradores
e promotores, integrantes da Defensoria Pública, membros dos
tribunais de Contas, das Forças Armadas e cidadãos que já
tiveram exercido efetivamente a função de jurado.
Segundo o senador Demóstenes, o projeto vai
ajudar a reduzir a população carcerária do País, hoje na casa
das 450 mil pessoas. Aprovado na Câmara, o projeto precisa
ser aprovado pelo plenário do Senado. O projeto aprovado pela
CCJ propõe ainda a implantação do monitoramento eletrônico,
com pulseira ou tornozeleira para localizar detentos liberados
para datas especiais, como o Dia das Mães. Outra novidade
é a permissão ao juiz de decretar prisão preventiva quando
o crime envolver violência doméstica contra mulher, criança,
idoso, adolescente, enfermo ou deficiente
fonte: Agência Estado |