Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento de Cascavel e Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
 
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Cresce o número de casos de depressão no trabalho
Empresas precisam estar atentas ao comportamento do funcionário, que nem sempre aceita que está com problemas. Para psicóloga, números do INSS estão subestimados

A depressão tem levado cada vez mais trabalhadores a pedir licença de seus empregos para tratamento. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social referentes ao primeiro semestre do ano passado mostram crescimento de 16,57% no número de empregados afastados por este motivo das empresas, em comparação com igual período anterior – foram 1.955 casos de auxílio-doença por depressão em 2007 e 2.279 nos primeiros seis meses de 2008. Só em junho passado, o montante gasto com o pagamento dos benefícios chegou a R$ 12,1 milhões.
Mas é preciso fazer uma ressalva quanto aos números, que podem estar subestimados, de acordo com a professora Fernanda Renata Mendonça, especialista em psicologia do trabalho. O porcentual poderia ser maior, pois muitas pessoas não se afastam do trabalho com medo da exposição, ou ainda porque não conseguem aceitar o próprio problema. “Existe muito preconceito em relação aos tratamentos psicológicos”, diz Fernanda. “Outro fator é o receio de pedir licença e ser demitido”, complementa.
Para ela, a empresa deve se sentir responsável pela identificação dos casos, realizando, por exemplo, entrevistas para verificar os motivos de frequentes ausências – faltas recorrentes podem indicar que algo possa estar errado com o funcionário. “Talvez o responsável pelos recursos humanos não tenha condições de identificar um quadro de depressão, por isso deve encaminhar o funcionário para um psicólogo clínico”, afirma Fernanda.
Na Companhia Paranaense de Energia (Copel), os chamados transtornos mentais e de comportamento – que incluem, além da depressão, estresse, alcoolismo, fobias e ansiedades – são a terceira maior causa de afastamentos, conta Anízio Calazans, médico do trabalho da companhia. Dados de 2006 mostram quem são os mais propensos a esse tipo de doença. Entre os casos de afastamentos, 48% trabalham na área administrativa da Copel, 25% são de carreiras operacionais, 13% de carreiras técnicas e 12% são profissionais com nível superior. “Além da orientação médica, procuramos acompanhar os casos de afastamentos”, diz Calazanz. Ele aponta ainda a época do ano em que os casos são mais frequentes. “No fim dos semestres, muitos profissionais que estudam acabam acumulando as tarefas do trabalho e da faculdade”, afirma.
Homens e mulheres reagem de formas diferentes quando se encontram em estado depressivo e precisam procurar ajuda médica. Segundo a psicóloga Fernanda, existe uma cobrança social sobre os homens, que ainda são vistos como os provedores da família. Ele é mais resistente do que a mulher na hora de buscar auxílio médico. Elas, por outro lado, visitam os profissionais de saúde com mais frequência e adotam uma postura mais preventiva. De qualquer forma, a psicóloga recomenda que, caso exista a suspeita, o tratamento deve ser procurado o quanto antes.

fonte:Gazeta do Povo
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)
TRT (Tribunal Regional do Trabalho)
TST (Tribunal Superior do Trabalho)
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)

 

 

 

 

 

 

 
 

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