FST
pede retirada do projeto de terceirização em encontro com Temer
Nesta terça-feira (14), a coordenação nacional
do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), apresentou ao presidente
da Câmara, Michel Temer (PMDB/RJ), uma pauta de reivindicações
para a classe trabalhadora.
Além de propostas que beneficiam os trabalhadores,
os dirigentes do FST também pediram a retirada de pauta das matérias
que prejudicam os assalariados.
Entre as propostas, os representantes dos
trabalhadores solicitaram a inclusão em pauta e votação da Mensagem
389/03, do Executivo, que pede a retirada do projeto (PL 4.302/98)
que trata da terceirização e que precariza as relações de trabalho.
De acordo com Temer, o pedido surpreende,
pois "só recebo gente pedindo para votar esse projeto", disse.
Outra proposta que está na pauta, mas que
não agrada ao movimento sindical é o projeto do deputado Candido
Vaccarezza (PT/SP) PL 1.987/07, que propõe uma nova consolidação
das leis trabalhistas (CLT). Essa matéria não foi apreciada no
grupo de trabalho.
"A consolidação não aconteceu porque
eu impedi", disse o deputado Miro Teixeira (PDT/RJ).
Ainda de acordo com o parlamentar, sua proposta
no Grupo de Trabalho, que analisa a matéria é de realização de
uma Comissão Geral, para "escutar os trabalhadores", finalizou.
Favoráveis aos trabalhadores
Entre as propostas que interessam à classe trabalhadora destaca-se
o projeto de lei que extingue o fator previdenciário - PL 3.299/08,
do senador Paulo Paim (PT/RS), em discussão na Comissão de
Finanças e Tributação.
Segundo Temer, essa matéria vai para a pauta,
porém, "ainda temos algumas outras na frente", argumentou em relação a outros pedidos já recebido da sociedade.
Também consta da pauta do FST, a redução da
jornada de trabalho. Para os dirigentes sindicais essa é uma
das saídas para a crise, sobretudo nesse comento em que o desemprego
aumenta no País.
A PEC 231/95, que versa sobre o assunto está
em discussão em uma comissão especial.
Ajuda
Temer pediu ajuda aos dirigentes sindicais para que ajudem a
melhor da imagem do Congresso Nacional, em especial a da Câmara
dos Deputados. Para ele, o ciclo histórico tem sido marcado
pelo enfraquecimento do Congresso.
"A história nos mostra que depois
de sistemas ditatoriais o Congresso vem com força, mas, depois
de 20 anos ele perde um pouco sua legitimidade".
Para recuperar a imagem da Câmara de modo
que seja a verdadeira 'Casa do povo', "precisamos de vocês", disse.
Atentos à declaração do presidente, dirigentes
das confederações sindicais de trabalhadores se colocaram à disposição
para fortalecer as instituições que consolidam a democracia.
Sobre o assunto, o dirigente sindical Lourenço
do Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Empresas de Crédito (Contec) disse que quando se instala uma
ditadura em um país, "primeiro fecha-se o Congresso depois mandam prender, torturar e matar os sindicalistas".
Fonte: Diap
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