Volta
ao trabalho
Guarda aceita proposta e encerra greve
Agentes aceitaram proposta da prefeitura de elevar o piso da
categoria para R$ 850 e retornam às atividades depois de oito
dias. Reivindicação
salarial era de R$ 1,3 mil
††††††䤀䕔匠䕁䅍⽃ Os
agentes da Guarda Municipal de Curitiba decidiram ontem à noite,
em assembleia,
encerrar a paralisação da categoria depois de oito dias. A
greve começou na segunda-feira da semana passada. A decisão foi
tomada
após nova proposta feita pela prefeitura, que ofereceu um aumento
de 19,7%, elevando o piso da categoria de R$ 710 para R$ 850
já a partir do mês que vem. A proposta anterior previa um reajuste
maior, de 21,95%, concedido, porém, de forma escalonada. Apesar da volta ao trabalho, a categoria permanece
em estado de greve até que a prefeitura cumpra o compromisso
assumido de voltar à mesa de negociação em abril para discutir
alguns pontos pendentes, como o plano de carreira, o abono dos
dias parados e a extensão do reajuste ao quadro especial da corporação,
formado pelos guardas mais antigos, sem o ensino médio. Esses
profissionais têm um piso menor, de R$ 639. “Nada mais justo que um reajuste linear”,
argumenta a secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos
Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues
dos Santos. “Dessa greve ficou o sentimento de um corpo único
da Guarda Municipal.” Para Irene, a corporação deu um “salto de
qualidade” com o movimento grevista. “A Guarda Municipal volta
a se sentir valorizada e respeitada”, afirma. “É uma conquista
de toda a sociedade, que apoiou nosso movimento. O resultado
aparecerá na qualidade do serviço.” Reivindicações A categoria reivindicava um salário-base de
R$ 1,3 mil, a cautela de arma (possibilidade de andar com a arma
24 horas por dia, como os policiais civis e militares), melhorias
nos equipamentos públicos onde os guardas estão instalados, auxílio-alimentação,
cursos e treinamentos. No dia 19 de fevereiro, uma decisão judicial
de primeira instância chegou a proibir a paralisação, mas os
grevistas mantiveram o movimento. O sindicato recorreu da decisão
e na semana passada o Tribunal de Justiça do Paraná reconheceu
a legalidade do movimento, mas determinou que 70% do efetivo
da corporação permanecesse trabalhando.
fonte: Gazeta do Povo |