Prioridades dos idosos: previdência,
saúde e combate à violência
A Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa do Idosa,
realizada essa semana em Brasília, terminou com os idosos
cobrando melhores condições de atendimento nas áreas de
previdência social e saúde. Eles também pediram ação das
autoridades no combate à violência contra o idoso.
O subsecretário de Promoção da Defesa dos Direitos Humanos
da Secretaria Especial de Direitos Humanos, ligada à Presidência
da República, Perly Cipriano, disse que as medidas em relação
à previdência, principalmente as relacionadas aos benefícios
são difíceis de serem resolvidas.
"A agilização, a questão do reajuste [dos benefícios
da previdência para os aposentados] são questões complexas.
A conferência pauta essas questões, mas não se consegue
resolver esses problemas de imediato", afirmou o sub-secretário.
Em relação à saúde, as principais reivindicações foram
de mais medicamentos e geriatras na rede pública para atender
a população idosa que está crescendo cada vez mais.
"A pauta foi, principalmente, o atendimento [nos postos
de saúde e nos hospitais] de determinados tipos de medicação
e também uma atenção especial à população idosa que está
crescendo muito e o número de profissionais na área de geriatria
não está acompanhando esse ritmo de crescimento", disse
Cipriano.
Outro assunto debatido na conferência foi o combate a violência
contra o idoso. De acordo com o sub-secretário, grande parte
dos casos de violência cometidos contra o idoso acontecem
dentro de casa.
"Não tem como resolver isso da noite para o dia.Tem
que haver uma grande campanha de conscientização",
disse. "Quem deve acompanhar o idoso é a família, a
comunidade e o poder público. Têm que fazer a denuncia",
acrescentou.
O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa
Idosa, Jorge Luiz Telles, afirmou que as propostas apresentadas
na conferência não dizem respeito apenas a quem faz as políticas
públicas, mas também aos idosos que serão os beneficiados
com as ações discutidas.
"Que ele [o idoso] entenda que vale a pena lutar por
essas propostas e a população veja nelas questões relevantes
para a sua vida, para a melhoria do seu bem estar, da sua
saúde, para que hajam mais espaços abertos para a educação,
para que a assistência social seja mais efetiva, para que
esporte, cultura e lazer entrem na agenda dos gestores.
Essas deliberações serão e deverão ser motivo de movimentação",
disse.
Durante a conferência foram aprovadas 403 propostas nas
áreas de efetivação dos direitos das pessoas idosas, combate
à violência, atenção a saúde, previdência social, assistência
social, educação, cultura, esporte, lazer, transporte, cidades,
meio ambiente, gestão, participação, controle democrático
e financiamento.
Fonte: Agência Brasil