Governo
quer ampliar extrato do INSS a todos os bancos
O
ministro da Previdência Social, José Pimentel, anunciou hoje
que o governo prepara projeto de lei para estender a todos
os bancos do País a possibilidade de fazer convênios com o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a emissão de
extratos previdenciários por meio dos terminais de autoatendimento
e internet. "Mas, para isso, vamos precisar de uma autorização legislativa por causa do sigilo
previdenciário", afirmou o ministro, após solenidade em que foi assinado o primeiro convênio
deste tipo com o Banco do Brasil (BB).
Pimentel explicou que, pela lei atual, apenas BB e Caixa Econômica
Federal podem prestar este tipo de serviço aos segurados
do INSS porque são cogestores do Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS) - sistema que agrega as informações sobre
vínculos
empregatícios e contribuições de todos os contribuintes da
Previdência Social. Segundo ele, para que outras instituições
bancárias possam ter acesso a esse cadastro e informar os
extratos, o ministério trabalha em um projeto de lei que
será enviado
ao Congresso Nacional.
O convênio assinado hoje permitirá que os 28 milhões de correntistas
do BB possam retirar nos terminais de autoatendimento ou
pelo site do banco na internet extratos com as informações
previdenciárias.
De posse desses dados, os trabalhadores poderão acompanhar
o recolhimento de suas contribuições ao sistema da Previdência
e solicitar correções ou inclusões de dados que estejam
faltando no CNIS. Para correções ou inclusões, os segurados
terão,
no entanto, que procurar as agências da Previdência Social.
Segundo o ministro da Previdência, a necessidade de ampliação
do acesso dos trabalhadores às informações laborais foi
identificada a partir do lançamento, em janeiro, do programa
de concessão
de aposentadorias em 30 minutos. Para que este prazo
reduzido possa ser alcançado, os dados do CNIS devem estar
atualizados. "E
muitas vezes, os trabalhadores só se preocupam em verificar
os seus dados laborais no CNIS na hora de pedir a aposentadoria
e, se fizerem as atualizações antecipadamente, podem evitar
aborrecimentos", disse Pimentel.
Gratuito
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, disse
que o serviço de retirada de extrato com informações
previdenciárias será gratuito aos clientes do banco,
mas só será permitida
uma impressão por mês. "Se
for pedido um segundo extrato no mês, o sistema travará", afirmou ele, após a solenidade de assinatura do convênio entre o banco e o
Ministério da Previdência Social para permitir o serviço.
Ainda segundo o presidente do banco, não haverá custos
adicionais
para a instituição.
Também o Ministério da Previdência, segundo o ministro
José Pimentel, não pagará tarifas ao BB pelo serviço
aos segurados
porque o convênio foi assinado no âmbito de um acordo
que vigora até o final deste ano entre o governo
e os bancos
que prestam
serviços ao INSS para que não sejam cobradas tarifas
bancárias pelos serviços previdenciários.
O ministro informou ainda que, até o final deste
ano, o Ministério da Previdência espera assinar
convênio semelhante
com a Caixa
Econômica Federal (CEF), mas a retirada do extrato
previdenciário nos terminais da CEF deverá ser
permitida a todos os
trabalhadores
que têm conta vinculada no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) e dispõem do Cartão Cidadão. Para
viabilizar que as
duas informações constem nos extratos dos trabalhadores,
a Caixa e a Dataprev (empresa de apoio tecnológico
da previdência)
ainda estão desenvolvendo um sistema.
fonte: Agência Estado |