Plenário
vota vinculação dos benefícios do INSS ao salário mínimo
Também estão em pauta MPs que liberam
recursos para socorro a municípios, recuperação de estados
atingidos por enchentes e combate à nova gripe.
Os deputados podem votar nesta semana emenda do Senado que
vincula todos os benefícios da Previdência Social ao índice
de reajuste do salário mínimo. Hoje, o mínimo é reajustado
anualmente de acordo com o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) mais a variação do PIB no penúltimo ano.
Os benefícios
pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iguais
a um salário mínimo seguem essas mesmas regras, mas os
superiores são reajustados apenas pelo INPC. O Projeto de Lei 1/07, do Poder Executivo,
que normatiza o reajuste do salário mínimo, já foi aprovado
por comissão especial na Câmara em junho do ano passado. No
Senado, a proposta foi aprovada, mas com a emenda que garante
a vinculação. Se a emenda for confirmada pelos deputados, o
projeto irá a sanção presidencial.
Municípios
Duas medidas provisórias também estão na pauta do Plenário.
A MP 462/09 repassa R$ 1 bilhão, por meio do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), a prefeituras que estão em dificuldades
financeiras. E a MP 463/09 libera R$ 1,2 bilhão para obras
de recuperação dos estados afetados por enchentes e ações
contra a nova gripe (provocada pelo vírus H1N1). Nenhuma
delas tranca a pauta.
Por causa da queda da arrecadação do IPI
e do Imposto de Renda (IR) - que são compartilhados pela União
com estados e municípios via Fundo de Participação dos Estados
(FPE) e FPM -, prefeituras que dependem dos repasses federais
para funcionar ameaçavam paralisar a prestação de serviços
públicos por falta de dinheiro. Pressionado, o governo editou
a MP 462/09, que assegura que o FPM de 2009 seja pelo menos
igual ao de 2008. Para manter essa equivalência, a União colocou
R$ 1 bilhão no fundo.
Enchentes e gripe
A MP 463/09 socorre estados afetados por enchentes nos últimos
meses, especialmente nas regiões Nordeste e Norte. O Ministério
da Integração Nacional vai gerir R$ 880 milhões dos recursos
previstos, dos quais R$ 670 milhões vão para a recuperação
de infraestrutrura e recomposição de danos; R$ 60 milhões
para socorro e assistência; e R$ 150 milhões para obras preventivas.
Além disso, há cerca de R$ 130 milhões
para prevenir e combater a nova gripe. Do total de recursos,
que serão administrados pelo Ministério da Saúde, R$ 102,4
milhões custearão a compra de equipamentos de proteção individual
(máscaras, luvas, capotes, gorros e aventais); atividades em
portos, aeroportos e fronteiras; publicidade; kits para diagnóstico
laboratorial; e insumos para a produção de medicamentos; entre
outros.
Fonte: Agência Câmara
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