Comissão
aprova PEC que reduz jornada de trabalho para 40 horas semanais
Além de reduzir a jornada de trabalho, a PEC aumenta de 50% para
75 % o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras
A redução
da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas foi aprovada,
pela comissão especial da Câmara que analisou o mérito
da proposta de emenda Constituição (PEC 231/95). De autoria
dos ex-deputados e nesta terça senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE)
e Paulo Paim (PT-RS), a PEC foi relatada pelo deputado Vicentinho
(PT-SP), que deu parecer favorável proposta. O parecer foi
aprovado por unanimidade na comissão especial.
Além de reduzir a jornada de trabalho,
a PEC aumenta de 50% para 75 % o valor a ser acrescido na remuneração
das horas extras.
De acordo com o vice-presidente da comissão
especial, Carlos Sampaio (PSDB-SP), todas as audiências públicas
realizadas pelo grupo levaram conclusão de que a redução da
jornada era importante e não prejudicariam o mercado de trabalho.
A alegação de que a redução [da jornada de trabalho] pode gerar
demissões não é real. Ela pode implicar a criação de novas
vagas. A aprovação da PEC é um ganho real para a sociedade,
disse ele.
Cerca de mil representantes de entidades
sindicais acompanharam a discussão e a aprovação do parecer
de Vicentinho. Os sindicalistas lotaram o Auditório Nereu Ramos,
local em que a comissão se reuniu para a votação.
Aprovada na comissão, a PEC terá que ser
votada em dois turnos no plenário da Câmara. Para ser aprovada,
são necessários no mínimo 308 votos favoráveis. Aprovada na
Câmara, a PEC será encaminhada para discussão e votação no
Senado Federal.
O senador Inácio Arruda, que acompanhou
a votação da PEC de sua autoria, espera que a matéria seja
votada o quanto antes na Câmara. Segundo ele, é preciso promover
uma grande articulação e colocar na Casa mais de 3 mil pessoas
para acompanhar o processo. O deputado Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP), presidente da Força Sindical, acredita que a PEC
seja votada no início de agosto.
fonte: Gazeta do Povo
Comissão aprova 40h de trabalho semanal e aumento na hora extra
Com a
presença de todas as centrais sindicais no Auditório Nereu
Ramos, a Comissão Especial da Jornada Máxima de Trabalho aprovou,
nesta terça-feira, a redução de 44 para 40 as horas trabalhadas
na semana. O parecer do relator, deputado Vicentinho (PT-SP),
também prevê a elevação da hora extra para 75% sobre o valor
da hora normal.
A Proposta
de Emenda à Constituição (PEC 231/95), que trata do tema, vai
ser apreciada em dois turnos pelo Plenário da Câmara e precisa
de dois terços dos votos para ser aprovada. O mesmo procedimento
será exigido no Senado.
Os integrantes
da comissão vão pedir apoio dos líderes partidários para a
inclusão da PEC na pauta do Plenário. A expectativa é que o
primeiro turno de votação aconteça em agosto. Vicentinho está
otimista quanto à aprovação. "Como ela foi aprovada por deputados de todos os partidos aqui presentes, a minha
esperança cresce mais ainda de que seja aprovada na Câmara
e no Senado", ressaltou.
Luta
de 15 anos
Autor da PEC, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) lembrou que a luta dos trabalhadores
pela redução da jornada já dura 15 anos. Arruda avalia que a união das centrais
sindicais e dos parlamentares é fundamental. "Eu
considero que vamos entrar o ano de 2010 com redução da jornada de trabalho."
Preocupado,
o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse que a redução da jornada
ou é aprovada agora ou ainda vai esperar 20 anos. "Se não houver uma mobilização de massas muito ativa, eu temo que ela não prospere
porque o interesse de classe vigente, dado o conservadorismo,
uma pressão conservadora da grande imprensa, é hostil às chances
de sucesso da proposta."
Para o
vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a redução da
jornada vai trazer vantagens para o País. "Significa, imediatamente, a geração de três milhões de novos postos de trabalho
diretos no País e outros tantos indiretos. O segundo, tem um
impacto na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro,
que terá mais tempo para convivência com a família."
Tempo
para estudo
Rita Camata (PMDB/ES) destacou que o trabalhador terá mais tempo para se dedicar
aos estudos. "Se
qualificar para, cada vez, ter o seu trabalho com melhor reconhecimento da
população empregadora do nosso País", assinalou.
Na avaliação
do ex-presidente da Câmara deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP),
a redução da jornada ajuda a minimizar os efeitos da crise
mundial. "É uma forma que o movimento sindical encontra para enfrentar a crise. Crise de
desemprego, crise de redução de salário."
Fonte: Agência Câmara
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