Licença-maternidade
de 6 meses é aprovada no Senado
Atualmente, adesão da iniciativa privada é opcional. Proposta segue
para análise da Câmara dos Deputados
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (3), em segundo turno, a obrigatoriedade
da concessão de licença-maternidade de seis meses, inclusive
na iniciativa privada. A proposta segue agora para a Câmara,
onde precisa ser aprovada em dois turnos com 308 votos. Se o
texto não for modificado na Câmara, seguirá para promulgação.
Se sofrer alteração, o projeto volta ao Senado para nova votação.
Atualmente, a licença-maternidade de seis meses é obrigatória no serviço público
e opcional na iniciativa privada. As empresas que desejam estender
de quatro para seis meses o período de licença de suas funcionárias
podem aderir a um programa de incentivos fiscais.
O projeto aprovado
nesta terça é de autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
e amplia na Constituição
o prazo de licença-maternidade de quatro para seis meses. Com
isso, todas as mães terão direito ao benefício independentemente
de trabalhar no serviço público ou privado.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) destacou
que a ampliação da licença é importante para a saúde das crianças
recém-nascidas. “As pesquisas indicam que quanto mais a mulher
amamenta seus filhos, mais chance ele terá de ter uma saúde melhor.”
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) destacou que
a mudança é importante para ajudar as mães mais pobres, principalmente
aquelas que não conseguem deixar seus filhos em creches. “Milhares
de mães desse país são mães pobres que não têm com quem deixar
seus bebês, porque o Estado se ausenta e não faz creches. Com
essa lei, o Congresso Nacional está fazendo justiça, fazendo
presença onde o Estado se faz ausente”, afirmou.
Fonte: Gazeta do Povo.
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