Mulheres
têm quase cinco horas a mais de jornada semanal do que os homens
A jornada semanal das mulheres, em casa
e no trabalho, têm quase cinco horas a mais do que a dos homens.
No total, são 57,1 horas, contando com 34,8 horas no trabalho
e mais 20,9 horas de atividades domésticas. Já os homens têm
uma jornada total de 52,3 horas, sendo 42,7 horas no trabalho
e 9,2 horas de afazeres domésticos.
Os dados fazem parte de um levantamento
realizado e divulgado na quinta-feira (4) pela OIT (Organização
Internacional do Trabalho).
Apesar de as mulheres terem tido maior
acesso aos empregos, as condições são mais precárias do que
a dos homens. Embora compartilhem com eles o tempo de trabalho
remunerado, a mudança não correu em relação à distribuição
dos afazeres domésticos.
Elas buscam uma maneira de combinar a
jornada de trabalho no mercado com o tempo destinado às tarefas
domésticas. Como consequência, enfrentam mais dificuldades
para ingressarem e permanecerem no mercado de trabalho e maiores
níveis de informalidade.
Principal motivo
O principal motivo para a responsabilidade das atividades domésticas
ser destinada às mulheres é cultural. Para a OIT, essa concepção
reflete na insuficiência de políticas de conciliação entre
trabalho e família e na não incorporação da ideia de co-responsabilidade
compartilhada entre ambos os sexos.
Para a economia, essa situação gera custos,
já que há um desperdício de força de trabalho, além de impactar
diretamente a produtividade feminina, o clima organizacional
e a rotatividade de profissionais. A pesquisa destacou que,
em 2008, das 97 milhões de pessoas acima de 16 anos de idade
presentes no mercado de trabalho, as mulheres representavam
43,7% do total, ou 42,5 milhões de profissionais.
Fecundidade e filhos
Em relação à taxa de fecundidade, entre as mulheres de 15 a
49 anos, para o período de 1991 a 2007, nota-se um queda
de 2,9 para 1,95, dado abaixo de reposição da população,
que é de 2,1.
Entre 1998 e 2008, observa-se um aumento
de casais sem filhos, de 13,3% para 16,6%, enquanto reduziu
de 55,8% para 48,2% o número de casais com filhos. Houve também
uma alta de 16,7% para 17,2% no número de famílias com mulheres
sem cônjuges e com filhos.
Fonte: InfoMoney
|