Mulheres
que moram sozinhas ganham mais, aponta Dieese
Renda média de mulheres que vivem sozinhas
é de R$ 8,98/h; mulheres sem marido e com filhos ganham R$
5,39
Mulheres sem filhos que moram sozinhas podem
ter rendimentos 60% superiores aos daquelas que têm filhos,
mas não contam com a ajuda de um companheiro para a manutenção
do lar, segundo revela a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego)
divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socieconômicos) nesta quarta-feira (4), especialmente
para o Dia Internacional da Mulher.
Segundo o estudo, o rendimento médio individual
por hora das mulheres sozinhas é de R$ 8,98, enquanto o daquelas
que convivem com o cônjuge, mas não têm filhos, é de R$ 6,91.
Em seguida, estão as mulheres com filhos e companheiros (R$
5,89) e, em último lugar, aquelas que possuem filhos, mas
não contam com um parceiro (R$ 5,39).
Ainda segundo a pesquisa, a importância da
contribuição feminina na composição da renda familiar total
é de 31,8% nas famílias chamadas de nucleares sem filhos,
de 22,4% naquelas com filhos e de 58,6% nas famílias sem cônjuge,
mas com filhos, sendo que, neste caso, o restante da renda
vem dos filhos.
Salários e ocupação
Em termos de salários brutos, os dados apurados mostram
o seguinte: as famílias que possuem mulheres como chefes e
presença de filhos apresentam, em média, renda familiar per
capita de R$ 540, mostrando que, provavelmente, essas mulheres
tendem a se inserir em postos de trabalho de menor qualidade,
por conta de suas responsabilidades de provedoras únicas da
família.
Em situação não muito melhor, encontram-se
as famílias nucleares com filhos, cuja renda familiar per
capita foi estimada em R$ 655. Por outro lado, nas famílias
com ausência de filhos, portanto, menos extensas, o rendimento
familiar per capita tende a ser mais elevado, de aproximadamente
R$ 1.102, para casais sem filhos, e de R$ 1.154, para as mulheres
que moram sozinhas.
No caso destas últimas, aponta o estudo,
os resultados sugerem uma inserção mais qualificada no mundo
do trabalho, especialmente entre as mais jovens, podendo expressar
a postergação ou mesmo o abandono de projetos de vida familiar
em função de uma carreira profissional.
Fonte: InfoMoney
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