Metalúrgicos
dos três turnos da Volks paralisam as atividades
Como a empresa não apresentou uma proposta que atendesse às
reivindicações dos trabalhadores, mobilização se intensifica
e metalúrgicos de
todos os turnos cruzam os braços
A paralisação
dos metalúrgicos da Volkswagen se intensificou nesta terça-feira
(21), quando metalúrgicos dos três turnos decidiram não trabalhar.
A fábrica, que fica em São José dos Pinhais, tem 3,2 mil
empregados. A medida foi tomada porque a empresa não apresentou
uma proposta
que atendesse às reivindicações dos trabalhadores. Desde
o último sábado (19), os metalúrgicos iniciaram uma greve
“pipoca”
ou alternada, onde, a cada dia, empregados de um turno deixavam
de trabalhar.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos
de Curitiba e Região (Simec), as reuniões com a empresa, realizadas
na tarde de segunda-feira (20) e na manhã desta terça (21) não
tiveram resultado, por isso o endurecimento da mobilização. Com
a produção paralisada, a expectativa é de que 1,8 mil veículos
deixem de ser produzidos.
Uma nova assembleia com os trabalhadores está marcada para as 6 horas de quarta-feira
(22). Se até lá a empresa não fizer nenhuma proposta, os metalúrgicos
vão definir os encaminhamentos da paralisação. Caso a Volks atenda
as reivindicações, a greve é encerrada automaticamente.
Reivindicações
Os metalúrgicos da Volks querem um acordo
nos mesmos parâmetros dos fechados com a Renault e Volvo, que
têm fábricas no Paraná. Eles pedem reajuste salarial de 10,08%,
aumento no piso salarial de 10% e R$ 4,2 mil de abono. De acordo
com Jamil Dávila, secretário-geral do sindicato, a Volks insiste
na proposta de 9% de reajuste salarial e R$ 2,2 mil de abono.
Fonte: Gazeta do Povo
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