Índice
que reajusta aluguel e energia avança 0,45% na segunda prévia
de fevereiro
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços
– Mercado (IGP-M) subiu 0,45% na segunda prévia de fevereiro,
depois de ter caído 0,58% no mesmo período de janeiro. De
acordo com dados divulgados ontem (17) pela Fundação Getulio
Vargas (FGV), a alta verificada nos preços dos produtos agrícolas
(1,63%) contribuiu para o resultado deste levantamento.
O IGP-M, que é usado como balizador em reajustes
de aluguel e tarifas de energia, acumula desde o início do
ano alta de 0,01% e de 8,06% no período dos últimos 12 meses.
Na primeira prévia do mês, o índice havia subido 0,42%.
O Índice de Preços por Atacado (IPA), responsável
por 60% da composição do IGP-M, teve acréscimo de 0,47%, depois
de registrar queda de 1,09% no mesmo período de janeiro. O
resultado foi puxado pelos preços dos produtos agrícolas,
que subiram em média 1,63%, depois de terem caído 0,31%. Já
os produtos industriais subiram 0,06%.
Em relação aos estágios da produção, o levantamento
aponta elevação de 1,52% nos preços dos bens finais, ante
queda de 0,86%. A maior contribuição para a aceleração veio
dos alimentos processados (de -1,01% para 3,24%). A taxa relativa
aos bens intermediários passou de -1,39% para -0,67%, com
a influência de materiais e componentes para a manufatura
(de -1,86% para -0,17%). O grupo matérias-primas brutas também
teve elevação em sua taxa de variação, que passou de queda
de 0,90% para 1,00%. As principais contribuições para o movimento
partiram de bovinos (de -5,25% para -0,13%), soja em grão
(de 2,60% para 6,44%) e café (de -2,16% para 8,00%).
Ainda segundo o levantamento, o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M,
subiu 0,38%, apresentando desaceleração em relação à alta
da segunda prévia de janeiro, que havia sido de 0,59%. O resultado
foi influenciado pelo comportamento de cinco das sete classes
de despesa que compõem o índice, que apresentaram decréscimos
em suas taxas de variação no período. Os destaques foram os
grupos alimentação (de 0,81% para 0,26%), principalmente frutas
(de 3,80% para -1,39%), hortaliças e legumes (de 5,06% para
2,65%), aves e ovos (de -0,06% para -1,61%) e panificados
e biscoitos (de 0,47% para -0,47%); e vestuário (de 0,38%
para -0,58%), com a influência de roupas (de 0,62% para -0,98%).
O Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC), responsável por 10% do IGP-M, teve alta de 0,43%,
ante avanço de 0,15%. A taxa de materiais e serviços avançou
de 0,29% para 0,52%. Já o custo da mão-de-obra subiu 0,33%,
depois de ter ficado estávelna segunda apuração de janeiro.
A segunda leitura do IGP-M de fevereiro foi
calculada com base na variação dos preços verificada entre
os dias 21 de janeiro e 10 de fevereiro. Repórter Thais Leitão
Fonte: Agência Brasil
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