Luta
reduz diferença salarial
Os salários dos trabalhadores mais pobres subiram quatro
vezes mais do que os rendimentos mais altos. A constatação
é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que
estudou os salários recebidos de 2002 a 2007. Com isso,
houve uma diminuição considerável da desigualdade de renda
entre os ocupados. A mudança do cenário entre maiores e
menores salários deve-se, é lógico, ao crescimento econômico,
à estabilidade do País, ao crescimento da massa salarial
e à elevação da oferta de emprego. Mas também está intimamente
relacionada com as políticas sociais do governo federal,
como o Bolsa Família, e principalmente com a luta dos trabalhadores
liderada pelos Sindicatos e pelas Centrais Sindicais. A
unidade destas entidades produziu excelentes acordos com
os patrões. No ano passado, por exemplo, mais de 90% dos
acordos coletivos garantiram no mínimo a reposição integral
da inflação.
O acordo do salário mínimo, assinado pelo governo federal
e Centrais Sindicais com validade até 2023, vai recuperar
o poder de compra de quem recebe o Piso, como pensionistas,
aposentados, trabalhadores domésticos e funcionários de
prefeituras, entre outros.
Ainda por causa da ação das Centrais a tabela do Imposto
de Renda tem sido corrigida todo o ano. Não é à toa que
os Sindicatos têm sido bem vistos pelos trabalhadores brasileiros.
Apesar da propaganda contrária, capitaneada pela mídia nacional,
os Sindicatos de trabalhadores gozam da confiança de 55%
da sociedade, conforme pesquisa encomendada pela Associação
dos Magistrados Brasileiros (AMB), que entrevistou 1.500
pessoas no País.
Nossa tarefa agora é acelerar a mobilização dos trabalhadores
que têm data-base neste segundo semestre porque a inflação
está aumentando e os preços dos alimentos já subiram muito.
Já sabemos que os patrões vão chorar bastante e endurecer
as negociações. Por isso, precisamos estar unidos, mobilizados
e provavelmente teremos de fazer greves para conseguirmos
bons acordos coletivos.
fonte:www.cnti.org.br