Salário
mínimo deveria ser de R$ 2.005,57 em março, divulga Dieese
Levantamento divulgado, nesta segunda-feira (6), pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
apontou que o salário mínimo
do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.005,57 em março, para suprir
suas necessidades básicas e da família.
O cálculo foi feita com base na Pesquisa Nacional da Cesta
Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais.
A partir do maior valor apurado para a cesta, de R$ 238,73,
em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional
que estabelece que
o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares
com
alimentação,
moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência,
o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,31 vezes superior ao piso
vigente, de R$ 465.
O mínimo passou a ser de R$ 465, a partir de 1º de fevereiro,
um reajuste total de 12,05%, sobre os R$ 415 em vigor até
janeiro, e um aumento real
de 5,92%.
A elevação no piso nacional deve beneficiar cerca de 43,4 milhões
de pessoas, entre empregados, trabalhadores por conta própria,
empregados domésticos
e empregadores, que têm seu rendimento referenciado no salário mínimo
Em fevereiro, o valor do salário mínimo necessário era maior,
de R$ 2.075,55, e correspondia a 4,46 vezes o mínimo em vigor.
Em março do ano passado,
este valor era de R$ 1.881,32, ou seja, 4,53 vezes o salário mínimo,
na época
de R$ 415.
O Dieese informou também que o tempo médio de trabalho necessário
para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir,
em março,
o conjunto
de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior.
Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador
que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 96 horas
e 28
minutos
para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia a execução
de 100 horas
e 21 minutos.
A quantidade de horas do mês passado foi a menor desde julho
de 2007, quando se iniciou um período de elevação no preço
dos alimentos
e
o número era
de 92 horas e 37 minutos.
Fonte: Diap |