Saúde
do empregado é motivo de preocupação
Os hábitos de vida de um trabalhador podem
influenciar diretamente no rendimento dele no ambiente corporativo.
O fato de não cuidar da saúde, não fazer atividade física,
não comer direito, fumar e beber cria um estilo de vida que
pode diminuir a produtividade no emprego. Mais do que afetar
a produção, os hábitos ruins mostram que não dá mais para as
empresas pensarem no funcionário apenas no local de trabalho.
O que ele faz nas horas de folga pode prejudicá-lo em diversos
sentidos.
O Serviço Social da Indústria (Sesi) realizou uma pesquisa
em todo o País que aponta o estilo de vida de quem trabalha
na indústria. A entidade ouviu 355.858 empregados de 2.463
empresas. Somente no Paraná participaram 34.453 trabalhadores.
Os resultados deram origem ao Diagnóstico de Saúde e Estilo
de Vida do Trabalhador da Indústria.
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A pesquisa mostra que o trabalhador não se cuida. Cada vez
mais a saúde ocupacional está ligada à saúde geral. As doenças
crônicas também afetam e prejudicam a produtividade",
afirma Carmen Luiza Weber de Camargo, gerente de segurança
e saúde no trabalho do Sesi/PR. De acordo com ela, cada vez
mais o empresariado demonstra preocupação com a saúde do trabalhador,
e não apenas a saúde ocupacional.
Mudar para hábitos saudáveis não é necessário apenas para incrementar
a produtividade da pessoa. Uma melhor qualidade de vida
eleva a autoestima. "Podemos
agir no que pode modificar o hábito daquela pessoa. Algumas
características são hereditárias, mas podem ser melhoradas", explica Priscila Vieira dos Santos, enfermeira do trabalho do Sesi/PR. Ela
afirma que a informação e a educação são aspectos importantíssimos
para gerar comportamento, atitude e prática. "Não é com apenas uma ação que vai resolver", lembra.
Um aspecto importante para a mudança de estilo de vida é a
alimentação. A nutricionista Renata Rocha Reffo, também do
Sesi/PR, esclarece que um prato saudável é composto 50% por
folhas e vegetais, 25% de proteína e o restante de carboidratos.
"
Nos refeitórios das empresas, a gente vê o oposto. Isto preocupa
muito. As fibras vegetais garantem saciedade, ajudam na prevenção
do câncer intestinal, diminuem a absorção do colesterol e reduzem
a velocidade que o açúcar chega no sangue",
revela. O Sesi oferece palestras que ensinam a alimentação
correta, mas nem sempre as empresas estão abertas para isto. "Informações em cartazes colocados nos refeitórios com dicas também ajudam", considera.
Junto com a alimentação, vem a necessidade da prática regular
de atividade física e o lazer. "Já
existem caminhadas dentro das empresas. Muitas vezes, o funcionário
leva este hábito para casa e influencia a família", conta Débora Desirrê de Lara, coordenadora de esporte e lazer do Sesi/PR, que
lembra a importância da ginástica laboral.
O Sesi oferece diversos programas em todas estas áreas que
podem ajudar empresas e trabalhadores a mudar o estilo de
vida. Quem tiver interesse precisa contatar o Sesi mais próximo.
fonte: Jornal O Estado do Paraná |