Governo pode ampliar pagamento do seguro-desemprego
O governo admite a possibilidade de estender o período de
pagamento do seguro-desemprego diante da onda de demissões
provocada pela crise financeira internacional, afirmou hoje
o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. "No
que for necessário ampliar, ampliaremos. Existe a possibilidade.
O que não podemos é dizer que o seguro-desemprego está aumentado
para todo mundo porque cada setor é um", disse, durante
o programa de rádio "Bom dia, ministro".
Lupi avaliou que os setores mais prejudicados
pelos efeitos da crise são os que dependem de exportação,
mas que o mercado interno brasileiro não enfrenta a mesma
situação. Ele citou que o reajuste de R$ 50 no salário mínimo,
para R$ 465, injeta R$ 2,6 bilhões a mais na economia. Para
Lupi, a administração federal está "fazendo sua parte".
O ministro do Trabalho e Emprego afirmou
acreditar que a redução da taxa básica de juros, a Selic,
na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)
do Banco Central (BC) pode ser maior, mas cobrou de instituições
financeiras privadas a redução do spread bancário (diferença
entre o custo de captação e a taxa de juros cobrada pelos
bancos em empréstimos aos clientes), avaliado por ele como
"criminoso" para a população. Na última reunião
do Copom, em janeiro, a Selic foi reduzida em um ponto porcentual
para 12,75% ao ano. A próxima reunião do Copom acontece em
março. As informações são da Agência Brasil.
Fonte: Agência Estado
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Seguro-desemprego: reajuste é menor
que aumento da cesta básica
O aumento de 12% do benefício é menor que
o do preço dos alimentos na maioria das capitais analisadas
pelo Dieese
Para quem recebe seguro-desemprego, uma má
notícia: o reajuste de 12,048%, decorrente do aumento do salário
mínimo, não chega a ser proporcional ao aumento da cesta básica
na maioria das capitais, segundo Clóvis Scherer, supervisor
do escritório regional do Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de acordo com a
Agência Brasil.
A pesquisa nacional do Dieese, publicada
no início de janeiro, apontou que apenas Belém, Goiânia, São
Paulo e Belo Horizonte o aumento do preço dos alimentos não
chegou a ser superior ao reajuste do seguro.
Com o reajuste, o menor valor do benefício
será R$ 465 e não passará de R$ 870,01.
Cesta cara
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta
Básica, do Dieese, a cesta de alimentos ficou mais cara em
todas as capitais em 2008.
A maior alta ficou com Natal, que registrou
26,73%, custando R$ 212,80, um aumento bem maior que os 12,048%
de reajuste do seguro-desemprego. Belém foi a capital que
apontou a menor alta do ano, registrando aumento da cesta
de 4,76% e fechando o ano custando R$ 199,05.
Cálculo
Veja as novas faixas de enquadramento para o cálculo do valor
do seguro-desemprego:
Menor faixa (até R$ 767,60): o trabalhador deve multiplicar
o salário médio por 0,8 (80%). Assim, o valor máximo da parcela
é de R$ 614,08.
Faixa intermediária (de R$ 767,61 a R$ 1.279,46):
o que exceder a R$ 767,60 multiplica-se por 0,5 (50%) e soma-se
a 614,08.
Maior faixa: àqueles cujo valor do salário
médio dos últimos três meses ficou na faixa máxima, acima
de R$ 1.279,46, a parcela do seguro-desemprego será de, no
máximo, R$ 870,01.
Fonte: Diap
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