AGU
pede suspensão de ações envolvendo revisão de benefícios do INSS
A AGU (Advocacia-Geral da União) determinou
que todas as suas unidades ligadas à Previdência peçam a suspensão
de ações que tratam da revisão de aposentadorias e pensões concedidas
antes de junho de 1997. A suspensão vale até posicionamento do
STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a retroatividade de uma
lei, datada de 1997, que determinou que dez anos é o prazo máximo
para pedido de revisão de benefícios do INSS na Justiça.
Segundo o coordenador-geral de matéria de
benefício da PFE (Procuradoria Federal Especializada) do INSS,
Elvis Gallera, em qualquer área do direito existe o prazo de
decadência, que é o período que a pessoa tem para pedir alguma
coisa na Justiça. “No caso do direito previdenciário, uma lei
de 1997 definiu que esse prazo seria de dez anos, mas ainda havia
uma dúvida se a lei se aplicaria ou não para aqueles já aposentados
quando a norma saiu”, explica.
A dúvida deve ser esclarecida em decisão do
STF, já que a ministra Cármen Lúcia entendeu que o caso é de
repercussão geral e deve ser avaliado pela Corte para servir
em julgamentos semelhantes. Caso a tese da AGU seja adotada,
cerca de 10 milhões de benefícios anteriores a 1997 perderiam
o direito de ser questionados na Justiça.
Segundo Gallera, a estimativa é de que há
cerca de 500 mil ações que pedem revisão de benefícios do INSS
em tramitação, mas não há previsão de quantas são referentes
a benefícios anteriores a 1997. “A maioria das ações está nos
juizados especiais [que lidam com causas de valores pequenos]
e não ultrapassam 60 salários mínimos. Grande parte dessas ações
não chega perto desse valor.”
Fonte: Última Instância
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