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Hoje - 09/10/2007 08h33 - Camara dos Deputados
Trabalho analisa emendas a projeto sobre serviço público


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público se reúne às 9 horas e pode votar o Projeto de Lei Complementar 248/98, do Executivo, que disciplina a perda de cargo público por insuficiência de desempenho do servidor público estável. A matéria também define as carreiras típicas de Estado. A tarefa da comissão é analisar emendas feitas pelo Senado ao projeto. O relator, deputado Luciano Castro (PR-RR), recomenda a rejeição de todas elas.

O texto que veio do Senado aumenta o número de atividades consideradas estratégicas para o serviço público. Os senadores incluíram várias outras categorias, como oficiais de chancelaria; antropólogos e pesquisadores da Funai; e engenheiro agrônomo do Incra, como carreiras exclusivas de Estado, além das que já tinham sido aprovadas na Câmara, como advogado da União e auditor fiscal. Luciano Castro se manifestou contrariamente a essa ampliação, porque "o assunto foi debatido de maneira extensa na Câmara e não se acredita que haja algo a subtrair ou a acrescer no elenco aprovado".

Outra emenda do Senado impede que esses servidores sejam submetidos a regime contratual de trabalho. Sobre essa emenda, Luciano Castro afirmou que "a Constituição impede a submissão de atividades exclusivas de Estado a regime contratual, tendo em vista que não se podem reduzir garantias que a Constituição determina sejam ampliadas".

Por fim, foram apresentadas regras que criam embaraço para demissão desses funcionários. Nesse caso, o relator argumentou que as garantias constantes do projeto enviado ao Senado já eram bastantes, além de possuírem alcance universal.

Greve
A comissão também poderá votar o PL 4497/01, da deputada Rita Camata (PMDB-ES), que regulamenta o exercício do direito de greve pelos servidores públicos. Em linhas gerais, a proposta determina os direitos dos servidores em greve, proíbe a administração pública de fazer qualquer ameaça ao exercício legítimo desse direito e prevê punições para os funcionários que abusarem dessa garantia. O relator, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), apresentou substitutivo que reúne mudanças propostas no PL 4497/01 e em outros sete projetos que tramitam apensados (5662/01, 6032/02, 6141/02, 6668/02, 6775/02, 1950/03 e 981/07).

O substitutivo define que só serão considerados em greve os casos em que mais da metade dos servidores estejam paralisados. O texto do relator também estabelece que, nos casos de serviços essenciais, pelo menos 45% dos servidores devem trabalhar normalmente em caso de greve. Os serviços considerados essenciais pelo relator são aqueles referentes a aeroportos, rodovias, portos, ferrovias e transporte público em geral; à segurança pública; ao policiamento e controle de fronteiras; à fiscalização tributária alfandegária; ao fornecimento de água, energia elétrica e serviços de telecomunicações; à defesa e controle do tráfego aéreo; e a necropsia e funerais.

Em bate-papo promovido pela Agência Câmara em julho, Nelson Marquezelli anunciou que também incluirá a educação entre os serviços essenciais. O texto ainda estabelece normas para a negociação entre servidores e o governo, com a definição de prazos, e descarta o pagamento por dias não trabalhados.

A comissão se reunirá no plenário 6. Nova reunião está marcada para às 9 horas de amanhã, no plenário 12, para analisar itens remanescentes da pauta.



 

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