100
anos do Dia Internacional da Mulher
Comemoramos nesse 8 de março 100 anos do “Dia Internacional da Mulher”. Esse
dia foi instituído em 1910, proposto pela socialista alemã Clara Zetkin, na 2ª
Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague na Dinamarca.
A data relembra a mobilização das tecelãs de Nova York que, em 1857, fizeram
greve em defesa da redução da jornada de trabalho e de melhores condições e salário.
Esta foi a primeira greve da história conduzida por mulheres.
A partir daí, as comemorações começaram a ter um caráter internacional. Um século
se passou e hoje, em todo o mundo, o dia 8 de março é uma data de celebração
e afirmação da luta das mulheres por igualdade, autonomia e liberdade.
As mulheres conquistaram o direito ao voto, estão no mercado de trabalho, lutaram
pela democracia nos anos da ditadura militar, pelos direitos humanos, combateram
a violência de gênero, o desemprego e a precarização. Foram as ruas e as urnas
exigir a igualdade na lei e na vida.
Neste trajeto, inúmeras conquistas foram alcançadas, entre elas a ampliação da
licença maternidade, a proibição da discriminação sexual no trabalho, o direito
a posse da terra em nome da mulher rural e a lei Maria da Penha.
No entanto, apesar do crescimento, da inserção no mercado de trabalho e elevação
do nível de escolaridade, persistem as desigualdade salariais, dupla jornada,
necessidade de mais creches de qualidade, discriminação de raça, assédio moral,
sexual e a violência, fatores marcantes na vida das mulheres, demonstrando a
necessidade de continuarmos a luta.
campanha - CNTI E NCST
8 DE MARÇO É DA MULHER
As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho,
com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março,
está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam
mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias.
É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações
tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho,
acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta
época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com
jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.
Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica
de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos,
reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março
de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente
por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação
fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica.
Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no
local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional
de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8
de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem
às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou
a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.
Fonte: arte e educação .pro.br